Os números de casos e mortes envolvendo a Covid-19 voltaram a preocupar no país com dezembro registrando mais mortes com data real de ocorrência em comparação com novembro (12.628 ante 11.918), segundo boletim epidemiológico de coronavírus do Ministério da Saúde, divulgado no dia 30 de dezembro. De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, com base em dados das secretarias estaduais de saúde, o Brasil acumula quase 200 mil mortes e mais de 7 milhões de casos confirmados. Goiás, apesar de demonstrar estabilidade nos casos nos últimos dias, registra quase 7 mil mortes e mais de 312 mil casos da doença.

O aumento do número de casos e mortes acendeu o sinal de alerta em diversos segmentos, como a construção civil, um setor de atividade essencial para a retomada da economia. De acordo com a médica do trabalho e coordenadora médica do Serviço Social da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Seconci Goiás), Patrícia Montalvo, houve um certo relaxamento das medidas de prevenção por parte de toda a sociedade, situação que pode ter acarretado o crescimento do número de casos. “Esse aumento de pessoas acometidas pela Covid-19 pode resultar em uma nova sobrecarga do sistema de saúde público e particular, repercutindo também em uma elevação do número de óbitos”, alerta Patrícia.

A coordenadora da área médica do Seconci Goiás ainda ressaltou que é fundamental que os trabalhadores continuem mantendo os cuidados, como a higienização frequente das mãos com água e sabão e álcool em gel, uso de máscaras ao sair de casa e durante o horário de trabalho e evitar tocar olhos, boca e nariz com as mãos não lavadas. “Também é importante que o trabalhador evite aglomerações, como festas, reuniões, feiras, encontros de família, e mantenha a etiqueta respiratória ao tossir e espirrar – sem retirar a máscara de proteção. Se o trabalhador estiver com Covid-19, ele deve evitar sair para não contaminar mais pessoas”, destaca a médica Patrícia.

As empresas também não devem deixar de lado as medidas que já vinham sendo tomadas e que contribuíram para reduzir o número de casos até o mês de novembro. Patrícia alerta que as empresas do setor da construção civil, por exemplo, devem manter o monitoramento diário com aferição de temperatura (termômetro infravermelho) e questionamento sobre sintomas gripais. Todo colaborador suspeito, mesmo com sintomas leves, deverá ser avaliado pelo médico.

“Além disso, as empresas da construção civil devem reforçar junto aos seus colaboradores a importância de não compartilhar objetos pessoais, como copos, talheres, celulares, fone de ouvido; não compartilhar EPI [Equipamento de Proteção Individual], especialmente a máscara de proteção facial e respiratória; assim como manter o distanciamento dos colegas nos locais de refeição, vestiário, local de registro de ponto, entre outros”, orienta.

Plano de Contingência

Para enfrentar a pandemia, o Seconci Goiás elaborou ainda no início da disseminação do novo coronavírus um conjunto de orientações por meio de um Plano de Contingência e um Plano de Ação, para garantir a segurança dos trabalhadores nos canteiros de obras. Além disso, a entidade criou o Guia para Trabalhador da Construção – Combate ao Coronavírus, Boletins Informativos Prevencionistas e Apresentação para Treinamento de Colaboradores, buscando informar e capacitar os trabalhadores da construção sobre os cuidados necessários para o controle e prevenção da Covid-19.

Segundo o presidente do Seconci Goiás, Yuri Vaz de Paula, o Plano de Contingência elaborado pela entidade pode ser adaptado de acordo com a realidade de cada empresa. “É um instrumento que aborda detalhadamente todas as orientações para um trabalho seguro nos canteiros de obras. Ele é revisado periodicamente e enviado às empresas para garantir a segurança de todos dentro do canteiro”, detalha Yuri.
Fonte: Comunicação Seconci Goiás

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